Vontade de começar logo a falar do que já aconteceu depois, mas preciso falar de uma coisa muito importante, hoje: Eurodisney!
Foi domingo. O M. Piombini teve que acordar às 4h15 da manhã, como eu… amo muito ele, está sempre à disposição! Tomei café da manhã, depois fomos à Place de la Victoire. Eram 5h em ponto – cheguei ao primeiro ônibus, tava cheio. Tive um pressentimento que todos os brasileiros iam ali. Alguma dúvida? Fui para o terceiro (não sei por que não escolhi o segundo…). Mas era bom ir sem brasileiros, ia dar pra dormir…
No ônibus, sentei no primeiro lugar. Tá bom de nomear as pessoas: atrás de mim ia a Haiqing (pronuncia-se Haitchim), a chinesa da Natália (a única garota brasileira que chegou aqui comigo); ao lado dela, uma chinesa que anda sempre com ela, mas cujo nome eu não lembro mais. Atrás delas, a Banu, a cazaque (ver festival de Gannat). Pouco depois, sentou-se ao meu lado um japonês (não que eu tenha percebido que era japonês e não chinês ou coreano ou vietnamita…). Quando o ônibus entrou em movimento, começamos a conversar. Ele ia pra École Centrale de Marseille, também! O nome dele era Yuzuru, e ele estudava francês havia só três meses! Realmente, não era fácil de entender o que ele queria dizer, mas para alguém que estudava havia três meses uma língua completamente diferente…
Falamos alguma coisa sobre a escrita do japonês e eu mostrei algumas coisas que eu sabia de japonês. Riscamos algumas páginas do bloco de notas que eu havia comprado na véspera. Não consegui dormir de jeito nenhum…
No meio do caminho, uma parada para comprar alguma coisa. Era tudo tão caro… comprei três sanduíches seminaturais (acho que era um pão que eu não conhecia, queijo, presunto e uma folhinha desprezível de alface), mas não comi ali – ia ser meu almoço jantar.
Tentei dormir ainda, mas depois que o sol nasce, me é muito difícil – mesmo com uma máscara de dormir de panda que a chinesa amiga da Haiqing me emprestou!
Chegamos à Eurodisney. Adorei as esteiras rolantes que ajudavam a se deslocar entre o estacionamento e a entrada. Entrando, um problema com os bilhetes: os animateurs pensavam que era num canto, mas era em outro, enfim, ficamos bastante tempo parados na frente da entrada. Nisso, a Rosangela me ligou duas vezes…
Havíamos combinado de nos encontrarmos na Eurodisney, mas ela estava sem celular – me ligou de pessoas aleatórias, que ela pedia o celular pelo parque. Depois que entramos (e eu almocei dois sanduíches antes disso), ainda foi difícil de encontrá-la. Mas deu certo.
Atravessamos o parque, de sul a norte (ou qualquer que seja a direção), e fomos para o labirinto da Alice. Muito divertido, adorei os jatos d’água saltando por cima das nossas cabeças, corri ao redor do dodô, passamos pelas portinhas, posamos de soldados-carta… foi engraçado, o menino que ia posar para foto e teve medo da fala que começou de repente (mais engraçado ainda é que ele falava espanhol – criança hispanófona com medo é MUITO engraçado!!!). Subimos no castelo da Rainha de Copas e saímos do labirinto.
Fomos num que era bem infantilzinho – um passeio pelas culturas do mundo, mas, segundo a Rosangela, era psicodélico! Bonecos bem coloridos, com uma musiquinha enjoenta ao fundo – a qualquer momento, a música ia se tornar um som de suspense, os bonecos iam mostrar suas facas e matar todo mundo. Mentira, nem morri. Mas ia ser preciso um outro brinquedo para ajudar a se recompor – tipo a montanha-russa do Indiana Jones.
Era atravessando o parque de leste a oeste. No meio do caminho, passamos pelos Piratas do Caribe. Para não deixar passar a oportunidade, entramos numa caverna – sinistra, vários pontos era impossível ver as próprias mãos! Saímos, e vimos que havia um navio. Tentamos arrodear, ver se conseguíamos entrar – e já havíamos passado por aquele caminho ou não? Mas tiramos umas fotos nos canhões. Chegamos na mesma caverna, mas pegamos uma outra entrada. Saímos num navio (que bom). Foto olhando pela luneta, certeza! E uma ponte que tremia muito, quando a gente pisava! No final, havia uma casa estilo casa na árvore, e a Rosangela disse que era do Indiana Jones! Uma pessoa sabe-se-lá-de-onde começou a rir!
Descendo, passamos pelo ventre da terra. Fotos com cara de prisão de ventre, na entrada. Era um caverna cheia de raízes – como uma árvore gigante que houvesse aberto uma caverna! Saímos e quem sabia onde era? Um restaurante Hakuna Matata, de longe eu vi Agrabah (a cidade do Aladin). Ou andar ao redor do lago, ou passar pelo ventre da terra de novo – com possibilidade de sair em um lugar ainda mais desconhecido.
Em Agrabah, não lembro por que motivo, a Rosangela me mostrou seu bilhete. Dava direito a entrada nos dois parques e valia até o meio de setembro, mais ou menos. Ela disse que ia me dar, depois: dava até pra ir com o pai! Vimos a história do Aladin, nm me lembrava mais quais eram os desejos dele (mas o Jafar transformado em serpente me trazia muitas lembranças a última fase de Aladdin no Super Nintendo…).
Continuando, era preciso ir direto, mas havia um caminho pela esquerda que dava na cidade do velho oeste. Pra mim, a gente foi direto, mas acabamos no velho oeste… tant mieux: fomos na casa fantasma, perfeita! Não dava muito medo, exceto no comecinho, quando a parede ia subindo, e os raios e… enfim, depois era sentado numas cadeiras, e muitos vidros com projeções de fantasmas (os dançarinos que apareciam e desapareciam.. prefeito!), e muitas, muitas noivas! Numa parte lá, esqueleto e zumbis numa cidade abandonada faziam a festa! No final, de frente a um espelho, com uma caveira por cima – no reflfexo, que em cima, de verdade, nada… esqueci de dizer: antes, na fila, vimos o Janaílson, na nossa frente… e a Rosangela, indo se exibir, falou do bilhete que dava direito aos dois parques – e onde ele estava? Até hoje, nem notícia.
Depois, fomos finalmente para a montanha-russa do Indiana. Vinte e cinco minutos de espera, mas o letreiro lá fora anunciava 40 – nada mal! Achei bom que nós fomos no primeiro carrinho! E foi fantástico, deu pra gritar muito até ter medo de ficar rouco (e ficar calado o resto do caminho).
Depois, fomos andar. Chegamos ao castelo da Bela Adormecida, no centro do parque. Fotos, claro. Havia uma lojinha de natal, quase que eu compro uma torre Eiffel sendo decorada pelo Mickey e pela Minnie para o natal! Na verdade, só não comprei porque eu resolvi deixar para comprar depois e me esqueci. Embaixo do castelo, uma caverna com um dragão. De verdade, claro.
A um lado, um show tipo Hi-5, gente em roupas coloridas dançando músicas estilo High School Music junto com os personagens Disney. Sinceramente, Donald, esperava mais de você… passando por esse lugar, chegamos à lojinha do Buzz Lightyear – onde eu comprei o único souvenir do parque: um ímã de geladeira. Pelo menos é alguma coisa.
A Space Mountain era ao lado. A fila era demorada, mas valeu a pena. Acho que os 40 minutos do letreiro na hora em que entramos se cumpriram… mais uma vez, fomos no primeiro carrinho. Antes de começar, uma foto de nós dois lá. Colocar os óculos na mochila, para não cair. Era como uma montanha-russa cheia de efeitos – na subida, uma parada brusca e janelas se fechando. Escuridão absoluta na maior parte do caminho. Alguma estrelas e giros e loopings e meteoros e um túnel vermelho aeroespacial e… e acabou. MUITO MASSA! Super! Saindo, a Rosangela comentou do meu cabelo. Na falta de um espelho, resolvi tirar uma foto para ver. E… cadê a câmera? Pegamos os óculos na mochila, a câmera não estava lá…
Voltamos ao brinquedo e perguntamos se haviam encontrado. Nada. Ele verificava cada carrinho que chegava. Nada. Eu estava meio alterado, mal compreendia o francês. Será que eu havia colocado a câmera no bolso? Mas era estranho que só ela tivesse caído – todo o resto estava lá! Tinha simplesmepnte esquecido e deixado na mão…?
Mas não faz mal, era só uma câmera. A alegria de ter a Deus vale muito mais do que isso. E isso, ninguém vai me tirar. Até a vida, mas não o Bom Deus.
Queríamos ir no trem do cânion, no velho oeste. No caminho, passamos pela rua principal. Estava tudo sendo preparado para o desfile. Mas era só 19h30! Ainda eram 18h45, acho, dava pra ir no brinquedo. Chegando lá… fechado por problemas técnicos, sem previsão… bem, saímos, né…? Um pouquinho à frente, havia outra entrada – era possível “reservar” um horário para ir num brinquedo e não pegar fila. Pois bem, quando nós estávamos passando, começou a encher de gente essa entrada. “Se o povo tá correndo pra entrar aqui, então…” – corremos desesperadamente até a entrada normal, muita gente também; percorremos o ENORME caminho entre a entrada e a atração (todos os brinquedos têm um bom espaço para filas) e chegamos. Havia dois trens, um à esquerda, outro à direita; o primeiro encheu, fomos os primeiros do segundo trem. Que novidade!
O trem tremia muito. Maior parte do caminho fui não num grito, mas numa voz alta “ô-ô-ô-ô-ô-ô…”, parecia criança falando na frente do ventilador (“Arno-o-o-o-o-o-o-o…”). Esse tremera idêntico a uma montanha-russa, mas sem nenhum looping. Muito divertido! E na saída, ainda um cartaz “Precisa-se de engenheiros”; a Rosângela tinha que bater uma foto.
Saindo, a parada já tinha começado. Mas não havia tempo para ficar olhando… fomos para a saída. Procuramos o balcão de achados e perdidos, mas não haviam encontrado nenhuma câmera Samsung preta… bem, nos despedimos. Era o último dia da Rosangela em Paris, ela quis aproveitar até o último segundo – o que significa que ela ia ficar até 23h, quando há a queima de fogos na Erodisney.
Chegamos no ônibus. A Banu e o alemãozinho que havia passado o dia com ela, Marlin, estavam no nosso lugar, e o Yuzuru, no deles. Como a gente ficava conversando bastante, trocamos de lugar com a Haiqing e a amiga dela. Jogamos algumas partidas de Uno – é muito estranho ver um brasileiro, um japonês, uma cazaque e um alemão que mal fala francês jogando Uno! Mas de pra se entender legal. Quando eu não era o primeiro a ganhar, eu era o último.
Depois, dormi. Uma parada para comer, eu já havia comido meu último sanduíche. Belisquei algumas coisas com dois brasileiros que vão a Marseille. Voltando ao ônibus, demorei muito para dormir, mas consegui. Chegando, quase 2h da manhã, liguei pro M. Piombini. Ele foi me pegar. Dormi até 11h da manhã. E até agora, nada da câmera… Mai c’est pas grave.
Fotos… esse quesito tá meio mal…
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